Alunos da rede estadual ampliam conhecimentos em eventos internacionais

21 de maio de 2009 - 16:40

Depois de conviver com estudantes de diversos países, os alunos da Escola Estadual Liceu de Maracanaú comemoram experiências obtidas em eventos científicos internacionais realizados entre os meses de abril passado e a primeira quinzena de maio. Os trabalhos foram apresentados no Chile, Polônia e Estados Unidos com o apoio da Secretaria da Educação(Seduc).

 

Mateus Alex Barbosa que mostrou o projeto Produção de etanol, a partir de hidrolisado obtido por tratamento térmico das algas verdes ficou em segundo lugar no III Foro Internacional de Ciências e Ingeniería, no Chile, realizada de 27 a 29 de abril passado. Na Polônia, de 24 a 29 de abril, foi a vez de Santiago Gonçalves apresentar o trabalho Aplicação de Novos Fluxos Energéticos – Uma Abordagem Realista da Energia Solar, na 16ª Conferência Internacional de Jovens Cientistas(Ycys). Em Nevada-EUA, no período de 13 a 15 de maio, Luan Mariano e Débora Everlen participaram da Feira Internacional de Ciências e Engenharia (Isef), onde apresentaram o trabalho que se baseia na extração de pigmentos naturais para a fabricação de tintas como ferramenta para educação ambiental.

                       
Conforme o diretor da escola, Plácido Sousa Cavalcante, os resultados são fruto de um conjunto de ações desenvolvidas pela Seduc e a escola que procura utilizar os recursos materiais e financeiros disponibilizados pelo governo estadual, por exemplo, os laboratórios de Ciências instalados na unidade. Ele ressalta que no Chile, a competição envolveu ao mesmo tempo participantes de ensino médio e de nível superior. “Tanto que em primeiro lugar ficou a Universidade de Puebla, do México” – frisa.

 

No Liceu, os trabalhos são desenvolvidos em equipes acompanhadas pelos professores. O grupo de Mateus é formado pelos alunos Jorge Edson Pinheiro e Amauri Bezerra Filho cujo projeto visa à preservação do meio ambiente, considerando que o etanol é menos poluente que os combustíveis fósseis utilizados atualmente. A orientação ficou com a professora  Maria das Graças França Sales. Além do segundo lugar, o projeto também ganhou o prêmio MILSET-AMLAT (Movimento Internacional para as Atividades de Lazer, Ciência e Tecnologia) –  América Latina que o credenciou para a Feira da MILSET que ocorrerá, em São Luís do Maranhão, no próximo ano.

 

A experiência que propõe a economia no consumo de energia elétrica foi criada pelos alunos Renan Gomes, Pâmela Cristina e Santiago Gonçalves. Embora não tenha obtido premiações na Polônia, a participação rendeu ganhos culturais e educacionais.

 

Nos Estados Unidos, os alunos foram acompanhados pela orientadora Ana Kédyna Ribeiro, os jovens apresentaram o trabalho que se baseia na extração de pigmentos naturais para a fabricação de tintas como ferramenta para educação ambiental.

 

Um dos objetivos da Seduc ao incentivar o interesse pelas diversas áreas do conhecimento e a participação de escolas em eventos científicos nacionais e internacionais, é diversificar a oferta do Ensino Médio, visando sua articulação com a educação profissional e continuidade dos estudos. Para isso, foram investidos mais de R$ 25 milhões em 1.806 laboratórios de Ciências,  Educação Ambiental, Multidisciplinares e Informática com 8.126 computadores, e, desde de 2007, realiza anualmente a Feira Estadual de Ciências. Também foram adquiridos 596 kits multimídia(notebook e projetor), além de acervos bibliográficos, contendo 580 títulos cada um, para 417 escolas de ensino médio. As ações abrangeram recursos da ordem de R$ 8.836.797,65.

 

Só com as viagens e hospedagens de estudantes e professores em 2008, foram investidos mais de R$ 86 mil. Este ano, foram destinados, até agora,  R$ 73 mil, e ainda estão previstos recursos que superam os R$ 90 mil.