Duas escolas de Cascavel são finalistas do Prêmio Respostas para o Amanhã

29 de agosto de 2019 - 14:28 # # # # #

 

Os projetos “Agri+: Combatendo a escassez de água e melhorando a agricultura com polímeros sustentáveis”, da Escola de Ensino Médio (EEM) Ronaldo Caminha Barbosa, e “Desenvolvimento de biofilme a partir da Psidium guajava para aplicações diversas”, da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Marconi Coelho Reis, ambas de Cascavel, estão entre os 10 finalistas do “Prêmio Respostas para o Amanhã, promovido pela Samsung.

Ao todo foram inscritos 919 trabalhos de todo o Brasil. Cada uma das escolas finalistas já ganhou uma televisão de 55 polegadas e um notebook da marca. A próxima fase será no dia 30 de setembro, quando serão anunciados os três vencedores nacionais. A equipe melhor classificada será convidada a apresentar o projeto na etapa regional, em São Paulo, junto com os vencedores dos demais países da América Latina.

Fabiana Ramos, de 18 anos, cursa a 3ª série do ensino médio na Escola Ronaldo Caminha. De acordo com a jovem, integrante da equipe que desenvolve o Projeto Agri+, a iniciativa surgiu pela constatação de que as hortas plantadas na região não se desenvolviam adequadamente, pelo fato de o solo ser salino e seco.

“Utilizamos um composto feito com cascas de manga, de abacate e bagaço de cana-de-açúcar, gerando um produto que consegue reter água no solo. Ficamos muito felizes com o resultado. Realizando testes, conseguimos passar 21 dias sem precisar irrigar a terra que recebeu esse tratamento, num cultivo de cebolinha. Por ser um polímero biodegradável e de baixo custo, pode ser uma boa solução par outras regiões que também sofrem com a escassez de água, já que os polímeros industrializados são caros e podem trazer consequências nocivas à natureza e aos consumidores”, explica Fabiana.

Acompanhe o projeto Agri+ no Instagram e no Youtube.

A estudante Lígya Nogueira, de 19 anos, aluna da 3ª série do ensino médio na Escola Marconi Coelho, faz parte da equipe que elaborou o projeto do biofilme, que tem na folha da goiabeira a principal matéria-prima.

“Pensamos em desenvolver um plástico que atendesse tanto à área da saúde, como à do meio ambiente, com a criação de um biofilme degradável. A folha da goiabeira, planta muito comum em nossa região, tem princípios ativos antimicrobianos e anti-inflamatórios, sendo útil para o tratamento de lesões cutâneas e queimaduras de primeiro grau. Usamos amido, glicerol e água na composição e tiramos da folha da goiabeira uma substância parecida com farinha. O amido e o glicerol são plastificantes. Então, peneiramos e maceramos”, esclarece Lígya.

Conforme a jovem, os testes realizados indicaram a cicatrização mais rápida de uma queimadura de primeiro grau, ficando na pele por 7 dias. Por se tratar de um composto biodegradável, a decomposição na natureza também se realizou de forma acelerada e sem agredir o meio ambiente.

O Projeto Biofilme faz parte da metodologia de disciplinas eletivas ofertadas nas Escolas em Tempo Integral da rede pública estadual cearense, que promove em seu escopo a iniciação científica nas unidades de ensino. A iniciativa pode ser acompanhada pelo Instagram e pelo Youtube.

Prêmio

O Prêmio Respostas para o Amanhã está na sexta edição, já teve 18 mil projetos e 153 mil estudantes inscritos. A intenção da proposta é reconhecer projetos de investigação e experimentação científica e tecnológica por estudantes do ensino médio público, com a orientação de seus professores, para propor soluções a problemas de suas comunidades.

Entre os dias 23 e 29 de setembro, as escolas cearenses precisarão de votos online para conseguir estar entre as três mais votadas na categoria júri popular.