Escolas cearenses finalistas no Prêmio Respostas para o Amanhã precisam de votos

27 de setembro de 2019 - 11:24 # # # # # #

Projetos científicos desenvolvidos por alunos das Escolas Ronaldo Caminha Barbosa e Marconi Coelho, situadas em Cascavel, estão entre os 10 finalistas do Prêmio Respostas para o Amanhã, promovido pela Samsung. Ao todo, foram inscritos 919 trabalhos de todo o Brasil. Agora, as escolas cearenses precisarão de votos online, até o dia 29 de setembro (domingo), para conseguir ficar entre as três vencedoras na categoria júri popular. É possível votar em mais de um projeto, mais de uma vez.

Acesse o ambiente de votação e eleja os projetos “Agri+: Combatendo a escassez de água e melhorando a agricultura com polímeros sustentáveis” (Escola Ronaldo Caminha) e “Desenvolvimento de biofilme a partir da Psidium guajava para aplicações diversas” (Escola Marconi Coelho).

Cada uma das escolas finalistas já ganhou uma televisão de 55 polegadas e um notebook da marca. No dia 30 de setembro serão anunciados os vencedores nacionais. A equipe melhor classificada será convidada a apresentar o projeto na etapa regional, em São Paulo, junto com os vencedores dos demais países da América Latina.

Cultivo de hortaliças

Fabiana Ramos, de 18 anos, cursa a 3ª série do ensino médio na Escola Ronaldo Caminha. De acordo com a jovem, integrante da equipe que desenvolve o Projeto “Agri+: Combatendo a escassez de água e melhorando a agricultura com polímeros sustentáveis”, a iniciativa surgiu pela constatação de que as hortas plantadas na região não se desenvolviam adequadamente, pelo fato de o solo ser salino e seco.

“Utilizamos um composto feito com cascas de manga, de abacate e bagaço de cana-de-açúcar, gerando um produto que consegue reter água no solo. Ficamos muito felizes com o resultado. Realizando testes, conseguimos passar 21 dias sem precisar irrigar a terra que recebeu esse tratamento, num cultivo de cebolinha. Por ser um polímero biodegradável e de baixo custo, pode ser uma boa solução par outras regiões que também sofrem com a escassez de água, já que os polímeros industrializados são caros e podem trazer consequências nocivas à natureza e aos consumidores”, explica Fabiana.

Acompanhe o projeto Agri+ no Instagram e no Youtube.

Tratamento de lesões

A estudante Lígya Nogueira, de 19 anos, aluna da 3ª série do ensino médio na Escola Marconi Coelho, faz parte da equipe que elaborou o projeto “Desenvolvimento de biofilme a partir da Psidium guajava para aplicações diversas”, que tem na folha da goiabeira a principal matéria-prima.

“Pensamos em desenvolver um plástico que atendesse tanto à área da saúde, como à do meio ambiente, com a criação de um biofilme degradável. A folha da goiabeira, planta muito comum em nossa região, tem princípios ativos antimicrobianos e anti-inflamatórios, sendo útil para o tratamento de lesões cutâneas e queimaduras de primeiro grau. Usamos amido, glicerol e água na composição e tiramos da folha da goiabeira uma substância parecida com farinha. O amido e o glicerol são plastificantes. Então, peneiramos e maceramos”, esclarece Lígya.

Conforme a jovem, os testes realizados indicaram a cicatrização mais rápida de uma queimadura de primeiro grau, ficando na pele por 7 dias. Por se tratar de um composto biodegradável, a decomposição na natureza também se realizou de forma acelerada e sem agredir o meio ambiente.

O Projeto Biofilme faz parte da metodologia de disciplinas eletivas ofertadas nas Escolas em Tempo Integral da rede pública estadual cearense, que promove em seu escopo a iniciação científica nas unidades de ensino. A iniciativa pode ser acompanhada pelo Instagram e pelo Youtube.

Prêmio

O Prêmio Respostas para o Amanhã está na sexta edição, já teve 18 mil projetos e 153 mil estudantes inscritos. A intenção da proposta é reconhecer projetos de investigação e experimentação científica e tecnológica por estudantes do ensino médio público, com a orientação de seus professores, para propor soluções a problemas de suas comunidades.